terça-feira, 26 de junho de 2012

Mine. Capítulo 15.


    Olhei para a mão que estava em cima da chapa quente, gritei e acabei caindo da cadeira quando estava na tentativa de me afastar. Todos no restaurante olhavam pra mim, mas eu não ligava. Minha mão estava vermelha como a lava do inferno do cachorro loco...
    - Justin, o que aconteceu? – ouvi Daphne perguntando enquanto puxava minha mão.
    - Nada. – disse grosseiramente e tirei minha mão da dela.
    Me levantei rápido e fui pro banheiro. Molhei ela e esperei a água gelada aliviar a dor. Ainda doía muito. Tudo culpa da Daphne e aquele cara. Ele devia ir pra casa de unicórnio. Todas as garotas devem cair ao pé dele. Vi a intimidade dele com Daphne.
    Após molhar bem a mão, durante mais ou menos uns 5 minutos, eu saí do banheiro. Lá fora encontrei Daphne com uma carinha estranha. Meio estressada, meio preocupada e meio confusa.
    - Que? – fui grosso sem querer.
    - Primeiro: O que foi aquilo? Segundo: O que aconteceu com a mão? Terceiro: Qual o seu problema? – ela parecia mais estressada do que antes.
    Peguei dinheiro no bolso com a mão livre, fui até o caixa e deixei uma boa quantia para pagar o almoço. Assim que deixei o dinheiro, sai e fui embora.
    - JUSTIN. – Daph me puxou pelo ombro fazendo eu me virar pra ela.
    - QUE FOI? -  perguntei irritado.
    - Qual o seu problema? Tá irritado comigo porque queimou a própria mão?
    - Não.
    - Que foi? Por que você se queimou.
    - Porque eu quis.
    - Por favor, Justin. Você não percebeu que estava se queimando.
    - Não. E parece que você também não. Tava muito ocupada pra notar.
    Ela parou por um momento e um sorriso gigante e malicioso apareceu em seu rosto.
    - Que foi? – perguntei bravo de novo.
    - Tá com ciúmes? – ela perguntou com um sorriso maior ainda, se é que é possível.
    - Não. – disse parecendo pasmo, mas já aceitando que eu realmente estava.
    - Tá sim. – ela disse pulando em meus braços.
    - Não. – disse a empurrando levemente apenas para que se afastasse.
    - Justin. O Blake era só meu amigo.
    - Tá bom. – disse com o tom duvidoso.
    - Justin, é sério.
    - Eu vi a intimidade de vocês dois. Eu vi que você tava...
    - Ele é gay. – ela disse rindo da minha cara.
    - Não é que ele vai pra casa de unicórnio mesmo? – disse baixo pra mim mesmo.
    - Que? – Daph perguntou.
    - Nada. Esquece. Mas...enfim...eu não tava com ciúmes mesmo.
    - Own, meu amorzinho. – ela apertou minha bochecha de leve – Eu te amo. – ela chamou a atenção do meu olhar.
    Agora ela não parecia arrependida ou assustada por ter dito aquilo. Ela sorria.
    - Eu também te amo. – disse sorrindo.
   Ela puxou meus rosto com as duas mãos e me deu um leve beijinho. Depois ela tomou minha mão nas suas e analisou ela.
    - Vamos passar na farmácia para comprar uma pomada. Você fica dodói demais. – ela reclamou com um tom irônico.

    - Tá. Eu fiquei meio impressionado de ele ser gay, porque vocês dois...pareciam que vocês dois...
    - Não parecia nada. O negócio é que você é ciumento. Qualquer garoto que chegue perto vai fazer você espumar. – ela disse com um tom superior.
    - Eu não espumei! – protestei.
    - Não, mas quase me mordeu. – ela fez com que eu lembrasse de como fui grosso com ele.
    - Desculpa princesinha. – me senti culpado.
    - Tudo bem. Não precisa fazer essa cara de cachorrinho. – ela me deu um selinho.
    Após passar a pomada em minha mão ela enfaixou com uma camada de gaze. Ela cuidava tão bem de mim e com tanto carinho. Eu a olhava fixamente sem perceber meu ato. Ela virou o olhar pra mim e percebeu meu olhar fixo nela.
    - Que foi? – ela perguntou.
    - O que seria de mim sem você? – disse acordando e dando um leve sorriso.
    - Um cara gripado e com a mão boa. Isso se eu não fiz você pegar a gripe também.
    - Para de ser boba. Foi culpa minha eu ter queimado a mão. Culpa minha e...do meu...
    - Diz...
    - Meu...
    - Tá quase lá...
    - Ciúmes.
    - ISSO. – ela se levantou e começou a fazer uma dancinha esquisita de comemoração.
    - Eu mereço. – disse parecendo emburrado fazendo ela me abraçar - Você é louca. – disse.
    - Ué...eu escutei errado ou você disse a um tempo atrás “o que seria de mim sem você?” – ela tentou imitar minha voz.
    - Mas mesmo assim você é louca.
    - Ah é?! Quer que eu vá embora?
    - Quero. – disse sorrindo
    - Então eu vou embora.
    - Pode ir. – continuei sorrindo.
    Ela me soltou e se virou, mas a puxei pela mão a abraçando de novo.
    - Ué, não era para eu ir embora? – ela perguntou fazendo doce.
    - Mas quem disse que vou deixar você ir? – ganhei um sorriso e roubei dela um beijo.
    Enquanto nos beijávamos, tivemos que parar, pois a campainha tocou.
    Continua...

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Mine. Capítulo 14.


    - Dane-se. – o puxei e me aproximei dele o abraçando forte.
    Outro trovão forte. Isso fez com que eu me agarrasse mais a ele. Ele ainda tentava se afastar, mas parou. Acho que ele notou que não me sinto muito bem com os trovões. Isso fez ele passar seu braço envolta de mim.
    - Não quero que fique doente. – ele sussurrou.
    - Eu não vou. – disse como se tivesse certeza de algo nessa vida.
    Então ele relaxou e apenas deixou com que a aproximação entre nós fosse algo normal, o que era, mas que ele não encarava dessa maneira. Eu me enrosquei nas cobertas e em Justin e consegui dormir mesmo que o mundo estivesse desabando lá fora.

    (Justin narrando)
    Acordei, olhei em volta e ainda estava escuro. Daph não estava mais aqui, e isso fez com que eu erguesse meu tronco para achar um sinal dela. Um tempo depois e a porta do quarto se abriu.
    - Bom dia. – ela disse sorridente.
    - Bom dia?! Já é dia? – perguntei sonolento.
    - Sim. – ela deixou uma bandeja em meu colo e foi abrir as cortinas.
    A entrada da luz em meu quarto fez com que eu fechasse os olhos de imediato. Que tortura. A tortura acabou quando senti o cheiro do café da manhã que estava na bandeja. Ovos mexidos, suco de laranja e um pãozinho.
    - Tem certeza que vai ser arquiteta? – perguntei ainda encarando a bandeja.
    - Tenho. Não vou passar a minha vida cozinhando pro meu namorado.
    - Claro que não. Não vou ser seu namorado pra sempre. Vou ser seu marido. – fiz ela sorrir.
    Eu tomei todo o café com uma rapidez...digamos que “sinistra”. Eu não havia percebido minha fome. É isso que preguiça e doença fazem. Por falar em doença, comparando a como eu estava ontem, hoje estou bem melhor. Consigo respirar de vez enquando, minha garganta não dói, por mais que ainda sinta ela meio arranhada, e minha cabeça não está pesada.
    Daphne pegou a bandeja de meu colo para levar para cozinha, mas rapidamente a parei.
    - Deixa que eu levo.
    - Não, pode deixar. – ela pediu.
    - Deixa eu ajudar.
    - Deita ai na cama, enfermo. – ela insistiu me fazendo rir e sorrindo depois.
    - Que foi? – perguntei.
    - Amo seu sorriso. – ela disse como se estivesse envergonhada de falar aquilo.
    - Eu também amo o seu. Mas deixa eu te ajudar. Você já ta fazendo de mais. E eu já estou me sentindo melhor. Graças a você, meu anjo. – passei minha mão em seu rosto recebendo outro sorrisinho.
    - Ahn...brigada. Mas mesmo assim, eu levo. – ela saiu do quarto antes que eu protestasse.
    Fui atrás dela na cozinha. Enquanto ela lavava a louça eu a abraçava por trás sentindo seu perfume. Isso fez com que eu me lembrasse que eu também precisava de um banho.
    - Vou tomar um banho. – dei outro beijo em sua bochecha e fui direto para meu quarto.

    Eu tomei banho, me arrumei e tive de repousar a força. Pelo menos consegui fazer com que ela ficasse presa a mim no repouso. Ficamos vendo TV o dia inteiro e isso me entediou. Acho que ela não percebeu isso, mas eu percebi que ela também estava entediada.
    - Amorzinho. – a chamei e estendi minha mão até a sua.
    - Sim. – ela pediu por uma continuação.
    - Eu sei que estou doente, mas é só uma gripe. Não preciso ficar nesse repouso forçado. Por que não vamos almoçar?
    - Justin...
    - Eu to bem.
    - Mas...
    - Eu já estou melhorando. Não estou mais tão ruim. Estou até conseguindo pronunciar a palavra “não”. – fiz ela sorrir.
    - O que quer fazer?
    - Que tal um cinema? – perguntei animado.
    - A sala é muito gelada.
    - Parque? Sorve... não, esquece.
    - Não podemos ir apenas num restaurante?
    - Ah...você é muito simples. Tá bom, vou me trocar. – disse me levantando e ouvindo seu risinho.

    Fomos até um restaurante japonês. Era um daqueles que o cara jogava a comida pro alto e ela ia parar no seu prato. Nós nos sentamos na mesa em volta da chapa onde os alimentos quentes eram feitos. Nós estávamos almoçando, nos divertindo, tudo estava bem. Estava bem demais na verdade.
    - Daphne? – ouvi uma voz que infelizmente não era feminina.
    - Blake. – a voz de Daphne parecia feliz.
    Olhei para o lado torcendo pro cara não ter dente, mas infelizmente tinha todos e eram bem brancos. Droga. Eles se abraçaram e começaram a conversar e eu me senti meio invisível. Aquilo me incomodava.
    - Mais camarão, senhor? – ouvi o cozinheiro perguntar.
    - Não, obrigada. – lhe mostrei a palma da mão como forma de negação e a baixei mais a frente de onde ela estava antes.
    Fiquei com tanto ódio olhando para Daphne e aquele cara que nem percebi a tremenda dor que agora eu sentia.
    Continua...

Explicação

   Aqui estou eu dando desculpas de novo. Mas antes de me explicar quero que saibam que eu me sinto culpada por ter ficado ausente durante todo esse tempo e não fiz isso por preguiça.
   Já disse para todas vocês aqui que o ensino médio não está fácil para mim. É prova o tempo todo, conteúdo acumulativo, deveres e mais deveres, inglês de tarde. Vocês acreditam que só hoje eu pude escutar todas as músicas de Believe?!
   Sim, eu tinha todos os capítulos salvos, mas com o passar do tempo eu parei de escrever por não ter tempo e esses capítulos prontos acabaram. Só hoje que estou voltando a escrevê-lo.
   Eu não abandonei e nem vou abandonar o blog tão cedo, porém quero que vocês entendam o meu sumiço. Recebi comentários "revoltadinhos" e isso me deixou mal. Não me refiro a todas obviamente, mas sim a casos específicos.
   P.s.: Vou postar um capítulo novo ainda hoje.
   Obrigada pela atenção e pelo carinho de todas!!!!