sábado, 12 de maio de 2012

Mine. Capítulo 13.


    - Ui, ele tá me encarando.
    - To sim. – disse com a voz baixa, mas seu olhar encarou que ela ouviu aquela voz de outra maneira.
    - Fala de novo. Sua voz quando tá doente e quando fala desse jeito fica sexy. – ela me fez rir.
    - Você é muito bobinha. – disse ainda rindo.
    - Sou o que? – ela se fingiu de séria.
    - Bobinha.
    - Bobinha?!
    - É. Bobinha. De tolinha. Besta...sabe?! – brinquei.
    Ela tirou minha cabeça de seu colo e saiu do quarto.
    - NÃO. – gritei – VOLTA. – fiz voz de choro – POR FAVOR. PRINCESINHA.
    - AGORA EU SOU SUA PRINCESINHA? – ela gritou da sala.
    - SEMPRE FOI. – gritei de volta.
    - Eu não era tolinha, besta, bobinha?
    - Docinho, eu tava te provocando. Você sabe...
    - Sei. – ela saiu novamente.
    Eu ia gritá-la novamente, mas ela vai voltar. Ela vai. Liguei a TV e comecei a esperar. Esperei por uma hora e ela não voltou. Uma hora e vinte minutos e ela voltou, acompanhada de uma bandeja.
    - Se ajeita na cama, enfermo. – ela pediu.
    - Tá...então. – estranhei o novo apelido.
    Ela pôs a bandeja em meu colo. A bandeja possuía um caldo onde pequenos pedaços de frango flutuavam junto com legumes, um copo de suco que me parecia ser laranja e um pratinho com pequenas torradinhas. Peguei a colher no canto da bandeja e a mergulhei no caldo voltando com uma pequena quantidade nela, pois devia estar quente. Assoprei e em seguida levei a colher para minha boca.
    O caldo estava realmente quente, mas não aquele quente que faz a sua língua queimar, mas aquele quente confortante, aqueles que você sente ao comer algo quente em dias frios. As torradinhas acabaram rápido. O suco deixei para terminar por último. Era realmente de laranja, e dava pra perceber que era totalmente natural, por causa dos gominhos.
    - E então? – ela pergunta ao meu lado quando vê que acabo meu jantar.
    - Tava uma delícia, princesa. – lhe dei um beijo na bochecha – Obrigado.
    - Beleza. – ela tirou a bandeja de meu colo e pôs em cima da mesa de criado mudo – Agora vamos dormir. – ela pegou o remédio em cima da mesinha e um copo da água.
    - Mas já?! – reclamei.
    - Quanto mais cedo você dormir melhor. Tudo que você precisa é descansar, por causa dessa doença.
    - Mas são 21 horas.
    - Jus...
    - Hey...você vai voltar pra casa?!
    - Bem...
    - Não. Daph, tá tarde. – protestei.
    - Ah, agora tá tarde né?!
    - Pra você voltar pra casa sozinha sim.
    - Eu posso ir pra casa sozinha.
    - Tá, mas eu prefiro te deixar lá.
    - Não pense em sair dessa cama. – ela disse com tom de bronca.
    - Dorme aqui, então. – pedi pegando em sua mão.
    - Justin...
    - Ou você dorme aqui ou eu vou te levar em casa.
Você decide.

    (Daphne narrando)
    Eu me deitei no sofá com aquela camiseta super gigante do Justin e desliguei o abajur da sala. Ele insistiu para trocar de lugar comigo, mas pus ele na parede com “Ou eu durmo no sofá ou eu vou pra casa”, que nem ele fez comigo.
    Estava tudo tranquilo. Eu estava quase dormindo quando ouvi um barulho alto que me assustou. Um trovão. Ah não. Acho que sou a única pessoa que odeia dormir com chuva. Tenho a sensação de que algo ruim pode acontecer, por culpa da chuva, enquanto estou dormindo. Como eu moro sozinha faz um tempo, já passei por essa situação. O resultado foi longas noites em claro.
    Aproveitei que não ia dormir tão cedo e fui logo no banheiro. Ao sair de lá, passei pelo quarto de Justin e o ouvi me chamar.
    - Que foi? – disse enquanto entrava em seu quarto tocando nos móveis para não esbarrar em nenhum.
    - Eu não consigo dormir com você naquele sofá. – ele disse.
    - Jus, eu to bem.
    - Dorme aqui comigo. Só quero você por perto. – a oferta era irrecusável por causa de meu medo de dormir em noites chuvosas, mas não sabia se devia aceitar.
    - Eu não sei... – disse duvidosa.
    - Por favor. A gente nem pode ficar perto porque eu to doente. É só pra você não ficar na sala. Por favor.
    - Tudo bem. – me entreguei para algo do qual não era difícil se entregar.
    Peguei meu travesseiro e cobertor na sala e fui para quarto dele. Após me deitar e desejá-lo boa noite, percebi que ele havia ficado inquieto. Ele se movia de um lado pro outro e movia os braços.
    - Jus?!
    - Diz. – ele pediu com a voz baixinha.
    - O que aconteceu?
    - Eu to me coçando de vontade de te abraça. – ele disse logo.
    Eu hesitei com a ideia por um momento, mas logo depois me permitir o contato físico. Ele é respeitoso. Nada vai acontecer. O abracei, mas ele se afastou.
    - Pequena, não! Eu to doente.
    Continua...

domingo, 6 de maio de 2012

Mine. Capítulo 12.


    Ela sorriu de volta e saiu do quarto levando consigo um saquinho de lixo com todos os lenços sujos. Ao voltar, ela pôs outro pacote de lenços na mesa antes de começar a organizar o meu quarto, fazendo coisas como dobrar roupas jogadas, ajeitar pastas espalhadas em cima da mesa, etc.
    - Princesa, pode até cuidar de mim, mas limpar meu quarto não é necessário.
    - Se vou ficar aqui cuidando de você, é sim. Não gosto de local desorganizado.
    Ela abriu a janela para que ar fresco entrasse, mas fechou a persiana para que a luz permanecesse fora de meu alcance. Isso era bom, pois me dava uma sensação de relaxamento.
    Daph pegou o potinho de canja vazio de minhas mãos e saiu do quarto provavelmente para jogá-lo fora. É impressionante como ela toma as rédeas da situação. Ela organizou meu quarto inteiro e me alimentou em pouco tempo. Assim que voltou, trouxe consigo um comprimido acompanhado de um copo de água natural, e sua bolsa.
    Ela me fez tomar o comprimido e mandou que eu deitasse. O fiz e logo ela abriu a blusa de meu pijama me deixando assustado com seu ato rápido. Ela retirou de sua bolsa uma daquelas pastinhas Vick. Ela esfregou a pasta em meu peito e em questão de pouco tempo senti minha respiração se aliviar. Ela pediu para que eu abrisse a boca e pôs dentro dela uma pastilha forte de menta, mas que me dava uma sensação deliciosa de alívio na garganta.
    - Vai se sentir melhor rapidinho. – ela disse enquanto abotoava os botões de meu pijama.
    - Já me sinto melhor. – disse sorrindo.
    - Durma, bebê. – ela passou a mão em meu rosto e conseguiu roubar um selinho de mim, saindo logo em seguida para provavelmente não ouvir reclamações minhas sobre ela poder ser infectada.
    Fechei os olhos e comecei a relaxar. O quarto estava totalmente escuro, minha garganta não ardia tanto como antes, meu nariz estava finalmente respirando com um pouco mais de facilidade e eu sentia que agora valia a pena descansar um pouco.

    Acordei com um barulho, um ar quente e úmido que me atingia e uma luz que tocava meu rosto sem dó. Abri os olhos e vi uma silhueta saindo da porta que seria do banheiro, acompanhada de vapor quente. Essa silhueta vinha em minha direção, até que pude destingui-lá. Daphne.
    Daphne estava apenas de toalha, cabelos molhados, olhos bem destacados pela luz e lábios semi avermelhados.
    - Desculpe. Te acordei? – ela perguntou com um leve sorrisinho nos lábios que me chamavam uma atenção descontrolada.
    - Não. – disse baixinho.
    - Meu bebezinho tá melhor? – ela perguntou passando a mão no meu rosto.
    - Acho...acho que sim. – lábios.
    - Que bom.  – ela usou aqueles lábios para me dar um leve beijo no cantinho da boca.
    Eu tentei retribuir o mesmo beijo, só que ela foi ágil ao me beijar na boca sem que ao menos eu percebesse seu movimento. Eu sentia o calor de sua pele, ainda quente por causa do banho que tomou. Ela passava sua mão levemente em meu peitoral o massageando, mas agora sem aquela pastinha milagrosa que faz você respirar.
    Eu a puxei para cima de mim num ato rápido e ela aceitou a aproximação. O beijo ficava mais quente a cada segundo e suas mãos agora segurava meus braços com força, até que...

    - JUSTIN. – acordei com seu grito.
    - Que? Que? – acordei assustado. Droga, foi um sonho.
    - Quem era a vadia? – ela perguntou brava.
    - Que? – perguntei realmente confuso pela sua atitude.
    - Enquanto você dormia você tava gemendo e tava movendo os lábios e... QUEM ERA A VADIA?
    Comecei a rir. Primeiramente me imaginando gemendo enquanto dormia, que otário. E segundamente pelo fato de ela estar se chamando de vadia. Ela vai ficar com raiva, é melhor eu omitir o sonho.
    - Não é nada disso que você tá pensando. – comecei a explicar.
    - É o que então? – ela parecia mais brava por eu ter rido.
    - É que...  – pensa Bieber, pensa.
    - O que?
    - É que tem muito tempo que eu não visito minha avó. E ela faz uma torta de maçã ótima. Minha preferida. E como eu não a vejo muito tempo, tem tempo que eu não como a torta também. E eu to morrendo de vontade de comer.
    - Então você sonhou que tava comendo a torta?
    - E estava uma delícia. – queria ver a cara dela quando ela descobrisse que ela era a torta.
    - Desculpa. – ela pediu parecendo culpada.
    - Tudo bem, docinho. – peguei em sua mão e dei um leve sorriso.
    - Ta com fome? – ela correspondeu ao sorriso.
    - Não, eu to bem.
    - Precisa de algo?
    - Um pouquinho de carinho seria bom. – disse fazendo biquinho.
    Ela deu um risinho, se sentou em minha cama e puxou minha cabeça para seu colo. Seus dedos passavam em meus cabelos e me relaxavam.
    - Obrigado por cuidar de mim. – minha voz soava fraca.
    - Sempre que precisar eu vou cuidar de você. Príncipe. – ela sorriu.
    - Acho que ficar doente não é tão ruim assim. – cheguei à conclusão.
    - Tá. Isso já não é doença. É folga!
    - Eu nunca tive ninguém me dando tanta atenção assim. Quer dizer...tinha minha mãe, mas...
    - Eu entendi. – ela riu.
    - Tá rindo do que, gatinha? Posso saber? – a desafiei.
    Continua...




Beliebers, a explicação do meu sumiço tá aqui -> Clique  Obrigada por ainda serem tão fofas comigo apesar de tudo que acontece aqui. Eu amo minhas leitoras!! Beijos ;*

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Mine. Capítulo 11.


    (Daphne narrando)
    Seu olhar parecia triste.
    - Por que tá assim? – perguntei ficando triste também.
    Ele não respondeu. Fui até ele, peguei seu rosto em minhas mãos e o virei pra mim. Trouxe seus lábios até os meus e dei leves beijinhos nele.
    - Num fica axim. – pedi fazendo bico.
    Ele deixou escapar um sorriso e depois virou o rosto novamente para terminar de ajeitar o jantar. Após jantarmos, fomos para a sala para assistir TV. Ele permanecia quieto enquanto estávamos abraçados. Não sei se era para prestar atenção no programa ou se era porque ele estava chateado. Orgulho masculino. Poucos homens tem esse tipo de orgulho e quando têm ainda ficam chateados. Ou talvez, não foi isso. Deitei minha cabeça em seu peito e pus minha mão em seu braço.
    As vezes ele só passou por algo complicado em seu trabalho hoje. Imagine só quantos problemas podem ter acontecido. Reunião, chefe, colegas de trabalho insuportáveis... Eu tinha esses problemas. Tinha muitas garçonetes insuportáveis lá. Vai que tem alguma mulher metida tentando provocá-lo. Não. Mulher alguma faria isso com ele. Com sua aparência, ele não seria provocado de um jeito ruim, quer dizer, dariam em cima dele. Será que estão dando em cima dele? Agora ele deve estar em dúvida em ficar com a ex garçonete do Starbucks ou ficar com a secretária sexy dele. Será que ela usa batom vermelho. Acho que homem gosta disso. Será que ele gosta disso.
    - Ai. – ouvi ele reclamar.
    Recuei rapidamente e fiquei o olhando preocupada.
    - O que aconteceu? – ele perguntou.
    - O que? – perguntei sem entender.
    - Você tava apertando meu braço. – ele disse passando a mão em cima de seu braço.
    - Tava não.
    - Tava sim. Com seus dedos e unhas. – ele insistiu.
    O olhei por um momento pensando na desculpa e disse sem pensar por mais um tempo:
    - Você anda malhando?
    A resposta que recebi foi uma expressão confusa e uma inclinação de cabeça. Enterrei o rosto nas mãos e depois pedi para que ele esquecesse o que ocorreu. E ele o fez, para o bem da humanidade.
    Olhei para o relógio e eram 20 horas. Olhei pra ele e ele fez uma cara entediada.
    - Deixa eu adivinhar! Quer ir embora?!
    - Não. Quer dizer...a menos que você...
    - Não. Você fica. – ele me puxou para seus braços novamente – Só não me aperte novamente. Doeu. – ele fez eu dar um risinho.
    - É só minha demonstração de afeto.
    - Não quero nem imaginar o dia que você passar a me amar. – ele riu junto a mim.
    - Você é um chato. – disse fazendo biquinho e ganhando um selinho nele.
    Assistimos a um filme abraçados e em completo silêncio até que ele me puxou para me beijar. Ficamos envolvidos com esses leves beijos até o filme acabar sem que percebêssemos. Percebi que o relógio agora marcava 22 horas. Ele suspirou e se levantou para me levar em casa.
    Ao chegarmos de baixo de meu apartamento ele sugeriu:
    - Vou te ligar amanhã para marcarmos de nos encontrar, tudo bem?
    - Claro. – concordei e depois lhe dei um beijo antes de sair de seu carro.

    (Sexta-feira)
    Hoje eu e Justin vamos sair a noite. Ele sugeriu um jantar e depois um passeio. Eu estava saindo da faculdade e indo para casa para poder terminar as tarefas e escolher o que vestir hoje, até que no meio do caminho meu celular toca:
    - Alô. – disse.
    - Daph, sou eu... – ouço uma voz desconhecida.
    - Quem? – pergunto.
    - Justin. – ele diz pelo telefone.
    - Ah, desculpa. É que...sua voz ta diferente. Tá tudo bem?! – perguntei.
    - Tá sim. Quer dizer...não vamos poder nos encontrar essa noite.
    - Por que? – pergunto decepcionada com a ideia.
    - É...uns problebinhas aqui.
    - “Problebinhas”?! Que isso, Justin?! Você tá doente?
    - Dão, dão. Tá tudo bem.
    - Tem certeza?! Por que pra mim, parece que “dão” tá nada bem.
    - Deixa isso. Depois a gente se fala. Tchau. – ele desligou rápido.

    (Justin narrando)
    Fui até o banheiro para buscar mais lenços de  papel. Meu nariz nunca escorreu tanto. Quando estava a caminho do banheiro a campainha tocou. Fui quase me arrastando até lá e quando abri o que eu temia aconteceu.
    - Daph, mas o que...
    - Trouxe canja. – ela mostrou a sacolinha do restaurante que fica na esquina.
    - Daphne, não era pra você vir. Você vai ficar doente.
    - Tem problebinha dão. – ela brincou.
    Ela se aproximou para me beijar, mas desviei o rosto. Eu sou um poço de germes agora. Só de imaginar a delicada Daphne infectada com minha doença ridícula, eu estremeço.
    Ela beijou minha bochecha. Ela fechou a porta, me levou para o quarto e depois saiu de lá. Enquanto isso, me deitei na cama e me cobri. Ela voltou com a canja e com uma colher para que eu tomasse. Isso foi bom porque eu ainda não me alimentei e nem teria coragem para levantar daqui e fazer isso. Depois de um tempo ela trouxe uma vassoura e começou a varrer todos os lencinhos de papel jogados ao chão.
    - Você realmente dão precisa fazer isso. – disse em um intervalo de colheradas quentes de canja.
    - Não. Preciso sim! Você é meu namorado e eu vou cuidar de você. – ela disse com um sorriso confortante que fez com que eu esquecesse o assunto.
    - Obrigado. – disse com um leve sorriso de gratidão nos lábios.
    Continua...

Volta

Yeeeeeeeeeea baby o/ I'm back!!!
Primeiramente: as desculpas. Como eu disse anteriormente: A escola tá difícil!! Eu não fui muito bem no primeiro bimestre e por causa disso tenho estudado muito para o segundo. E as minhas provas começam a partir do dia 15 (então se eu sumir por esses dias, já sabem o motivo). Então, é esse o motivo do meu super sumiço: escola.
Vocês não precisam ficar com medo de eu "deixar o blog", até porque eu tenho várias Ibs sendo escritas, sendo que uma delas é uma segunda temporada de uma das que já escrevi ;)
Hoje, as 20 horas irei postar para vocês a continuação de Mine. Obrigada por tudo e desculpe pela ausência, beliebers. Um beijo :*